A gestão de riscos no setor de agronegócio no Brasil é um tema de grande relevância, considerando a importância do país como um dos maiores produtores e exportadores de commodities agrícolas do mundo. A complexidade do agronegócio envolve diversas variáveis, desde condições climáticas até flutuações nos mercados internacionais, que podem impactar significativamente a produção e a rentabilidade. Este material analisa as principais estratégias de gestão de riscos adotadas no setor, com base em pesquisas recentes, e discute a sua importância para a sustentabilidade e a competitividade do agronegócio brasileiro.
Identificação e Classificação dos Riscos
A primeira etapa na gestão de riscos é a identificação e a classificação dos riscos. No agronegócio, os riscos podem ser classificados em várias categorias: riscos climáticos, riscos de mercado, riscos operacionais, riscos financeiros e riscos legais e regulatórios.
Riscos Climáticos
Os riscos climáticos, como secas, geadas, tempestades e mudanças climáticas, são particularmente críticos no agronegócio. A variabilidade climática pode afetar diretamente a produção agrícola, reduzindo a produtividade e a qualidade das safras. Segundo a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), o impacto das mudanças climáticas pode causar uma redução de até 30% na produtividade das principais culturas agrícolas do Brasil até 2050.
Riscos de Mercado
Os riscos de mercado envolvem a volatilidade dos preços das commodities agrícolas, a demanda global, as políticas comerciais e as taxas de câmbio. A dependência do mercado internacional torna o agronegócio brasileiro vulnerável a flutuações econômicas e políticas em outros países. Conforme estudo da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), a volatilidade dos preços das commodities pode gerar variações significativas na receita dos produtores.
Riscos Operacionais
Os riscos operacionais referem-se aos desafios associados à produção agrícola, como pragas, doenças e problemas logísticos. A ineficiência na gestão desses riscos pode resultar em perdas significativas. Um estudo da Fundação Getúlio Vargas (FGV) destacou que a infestação de pragas pode reduzir a produção em até 20%.
Riscos Financeiros
Os riscos financeiros estão relacionados ao acesso a crédito, taxas de juros e liquidez. A alta dependência de financiamento para custear insumos e tecnologias agrícolas aumenta a vulnerabilidade dos produtores às variações das condições financeiras. Segundo dados do Banco Central do Brasil (BACEN), a inadimplência no crédito rural pode alcançar 10% em períodos de crise econômica
Riscos Legais e Regulatórios
Os riscos legais e regulatórios incluem mudanças na legislação ambiental, trabalhista e tributária. A conformidade com as normas e regulamentações é crucial para evitar penalidades e garantir a sustentabilidade das operações agrícolas. De acordo com a Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB), mudanças na legislação podem afetar diretamente os custos operacionais e a competitividade do setor.
Estratégias de Mitigação de Riscos
Para mitigar esses riscos, diversas estratégias são adotadas no setor de agronegócio. Entre as principais estão o uso de tecnologias avançadas, a diversificação de culturas, a contratação de seguros agrícolas, a adoção de práticas sustentáveis e a participação em mercados futuros.
Uso de Tecnologias Avançadas
A adoção de tecnologias, como sistemas de monitoramento climático, agricultura de precisão e biotecnologia, permite aos produtores antecipar e mitigar os impactos dos riscos climáticos e operacionais. Um relatório da Associação Brasileira de Agronegócio (ABAG) destaca que o uso de tecnologias pode aumentar a eficiência produtiva em até 25% (ABAG, 2023).
Diversificação de Culturas
A diversificação de culturas é uma estratégia eficaz para reduzir a dependência de uma única commodity e, consequentemente, os riscos de mercado. A diversificação também ajuda a melhorar a resiliência às condições climáticas adversas e a reduzir o impacto de pragas e doenças. Segundo a Embrapa, a diversificação pode aumentar a estabilidade da renda agrícola em até 20%.
Seguros Agrícolas
A contratação de seguros agrícolas é uma prática essencial para a gestão de riscos no agronegócio. Os seguros protegem os produtores contra perdas causadas por eventos climáticos adversos, doenças e pragas. Dados da Superintendência de Seguros Privados (SUSEP) indicam que a adoção de seguros agrícolas cresceu 15% nos últimos cinco anos, refletindo a conscientização dos produtores sobre a importância dessa ferramenta.
Práticas Sustentáveis
A adoção de práticas agrícolas sustentáveis, como rotação de culturas, manejo integrado de pragas e uso racional de insumos, contribui para a redução dos riscos operacionais e ambientais. A sustentabilidade é um fator crítico para a longevidade e a competitividade do agronegócio. Um estudo da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO) aponta que práticas sustentáveis podem aumentar a produtividade em até 30% a longo prazo.
Participação em Mercados Futuros
A participação em mercados futuros permite aos produtores negociar contratos de venda antecipada de suas commodities, protegendo-se contra a volatilidade dos preços. Essa estratégia proporciona maior previsibilidade de receita e reduz a exposição aos riscos de mercado. De acordo com a BM&FBOVESPA, a negociação de contratos futuros no agronegócio aumentou 12% nos últimos três anos.
Conclusão
A gestão de riscos agronegócio no Brasil é fundamental para garantir a sustentabilidade e a competitividade do setor. A identificação e a classificação dos riscos, aliadas a estratégias eficazes de mitigação, são essenciais para enfrentar os desafios inerentes à produção agrícola. O uso de tecnologias avançadas, a diversificação de culturas, a contratação de seguros agrícolas, a adoção de práticas sustentáveis e a participação em mercados futuros são algumas das principais estratégias adotadas para mitigar os riscos e assegurar a viabilidade do agronegócio brasileiro. O contínuo desenvolvimento e implementação dessas estratégias são cruciais para a resiliência e o sucesso do setor no cenário global.
O setor de saúde, essencial para o bem-estar e a qualidade de vida da população, enfrenta desafios complexos e multifacetados. Diante de um cenário de constante evolução tecnológica, envelhecimento populacional e crescentes demandas por serviços de saúde de alta qualidade, a gestão estratégica emerge como um componente vital para a sustentabilidade e eficiência das instituições de saúde. Neste contexto, é imperativo analisar o que deve mudar na gestão estratégica do setor de saúde para atender de forma eficaz às necessidades atuais e futuras.
Integração de Tecnologia e Inovação
A integração de tecnologias avançadas, como inteligência artificial (IA), big data e telemedicina, é fundamental para a modernização da gestão estratégica na saúde. A utilização de IA e big data permite a análise de grandes volumes de dados, facilitando a tomada de decisões baseadas em evidências. Estudos indicam que a aplicação de IA na gestão hospitalar pode reduzir custos operacionais em até 20% e melhorar a precisão diagnóstica em 30%. Ferramentas de análise preditiva ajudam a identificar tendências e prever surtos de doenças, permitindo uma resposta mais rápida e eficaz.
A telemedicina, impulsionada pela pandemia de COVID-19, mostrou-se uma alternativa viável e eficaz para a prestação de serviços de saúde. De acordo com a McKinsey, o uso da telemedicina aumentou 38 vezes desde o início da pandemia. Para que essa modalidade seja sustentável, é necessário investir em infraestrutura tecnológica, capacitação de profissionais e regulamentação adequada.
Foco na Experiência do Paciente
A experiência do paciente deve ser central na gestão estratégica de instituições de saúde. A satisfação do paciente não só é um indicador de qualidade dos serviços prestados, mas também influencia diretamente os resultados financeiros das organizações de saúde. Pesquisas da Deloitte mostram que instituições que priorizam a experiência do paciente apresentam um aumento de 10% na fidelização e de 20% na eficiência operacional.
Estratégias para melhorar a experiência do paciente incluem a implementação de sistemas de feedback contínuo, o uso de tecnologia para facilitar o agendamento e a comunicação, e a personalização dos cuidados de saúde. A adoção de prontuários eletrônicos de saúde (PES) permite uma visão holística do histórico médico do paciente, melhorando a coordenação e a continuidade do cuidado.
Sustentabilidade Financeira e Eficiência Operacional
A sustentabilidade financeira é um desafio constante no setor de saúde. A adoção de práticas de gestão financeira robustas e a busca por eficiência operacional são cruciais para garantir a viabilidade das instituições de saúde. De acordo com a PwC, a adoção de práticas de gestão financeira eficazes pode reduzir os custos operacionais em até 15%.
Uma abordagem estratégica envolve a implementação de sistemas de gestão de custos, a otimização de processos internos e a renegociação de contratos com fornecedores. Além disso, modelos de pagamento baseados em valor, que remuneram os prestadores de serviços de saúde com base nos resultados obtidos, crescem como uma alternativa aos modelos tradicionais de pagamento por serviço. Esses modelos incentivam a eficiência e a qualidade do atendimento.
Capacitação e Engajamento dos Profissionais de Saúde
A adoção de políticas de recursos humanos que promovam a diversidade, a inclusão e o desenvolvimento de carreira pode aumentar a satisfação e a retenção dos profissionais de saúde. Além disso, o uso de tecnologias, como plataformas de e-learning e simuladores de realidade virtual, pode complementar a formação tradicional, proporcionando uma educação mais prática e interativa.
Governança e Compliance
A governança eficiente e a conformidade regulatória são pilares essenciais da gestão estratégica no setor de saúde. A implementação de políticas de governança que assegurem a transparência, a responsabilidade e a ética são cruciais para a confiança do público e a sustentabilidade das instituições de saúde. De acordo com a KPMG, a adoção de boas práticas de governança pode melhorar a eficiência organizacional em até 25%.
A conformidade com as regulamentações locais e internacionais é igualmente importante para evitar sanções e garantir a qualidade dos serviços prestados. As instituições de saúde devem manter-se atualizadas sobre as mudanças regulatórias e implementar sistemas de compliance robustos para monitorar e garantir a conformidade contínua.
Conclusão
A gestão estratégica no setor de saúde precisa evoluir para enfrentar os desafios contemporâneos e futuros. A integração de tecnologias avançadas, o foco na experiência do paciente, a sustentabilidade financeira, a capacitação dos profissionais de saúde e a governança eficiente são elementos essenciais para a modernização e a eficiência das instituições de saúde. Investir nesses aspectos não só melhora a qualidade dos serviços prestados, mas também assegura a sustentabilidade e a competitividade das organizações de saúde no longo prazo.
Acaba de ser divulgada a edição 2024 do ranking Leaders League, com os resultados do ciclo Dispute Resolution. 43 rankings compõem o ciclo de pesquisa Dispute Resolution, Investigations & Insurance, reunindo as melhores empresas de consultoria, escritórios de advocacia e empresas do setor. A organização é uma editora fundada em Paris, em 1996, focada em produzir relatórios e pesquisas voltadas para executivos e C-levels ao redor do mundo.
Em 2024, a Protiviti Brasil foi novamente reconhecida entre as Melhores Consultorias de Compliance, mantendo a categoria Líder – a mais alta do ranking.
Além disso, a empresa foi premiada como Excelente entre os Melhores Especialistas em Forensics e Complex Investigations, mantendo o reconhecimento do último ano, e também entre os Melhores Especialistas em Privacidade de Dados, pelo terceiro ano consecutivo. A empresa também figura como Altamente Recomendada entre as Melhores Consultorias de Gestão de Risco, Melhores Consultorias para Auditoria e Melhores Consultorias em Segurança Cibernética, citada pela primeira vez nesta categoria.
Os rankings produzidos pela editora são reconhecidos ao redor do mundo e reconhecidos por sua metodologia de pesquisa imparcial, compreensiva e transparente. Confira as premiações no site.
Sobre a Leaders League
A Leaders League é uma empresa de serviços empresariais sediada em Paris e uma agência de classificação com presença global. Além disso, a organização organiza eventos para executivos, rankings abrangentes e análises detalhadas projetadas para unir os mercados globais. Fundada em 1996, em Paris, a Leaders League é uma agência de classificação internacional e serviços empresariais com foco nas seguintes indústrias:
• Jurídica • Private Equity e Serviços Financeiros • Capital Humano • Inovação e Marketing • Gestão de Patrimônio e Gestão de Ativos A empresa organiza mais de 20 eventos de alto nível em capitais globais como Paris, Nova York e São Paulo, além de produzir classificações internacionais e conteúdo de notícias para as indústrias jurídica, financeira, tecnológica e de RH.
A Leaders League é composta por 150 profissionais distribuídos em vários locais ao redor do mundo, incluindo a sede em Paris e escritórios em Londres, Madri, Lima, Milão, Rio de Janeiro e São Paulo.
A ICTS, empresa pioneira em soluções de prevenção de riscos, compliance e segurança no Brasil, participa do Next by Apas, evento que ocorre em 15 de agosto, em São Paulo, para auxiliar o setor supermercadista do ponto de vista da inovação e tecnologia. Durante o encontro, a ICTS irá apresentar a Profit Shield, plataforma de prevenção de perdas de estoque desenvolvida com base em mais de 25 anos de atuação neste tema em clientes varejistas.
A atuação bem-sucedida da ICTS no setor é comprovada em diversos projetos no varejo nacional e internacional, com redução entre 20% a 40% das perdas de estoque. Com uma metodologia fortemente ancorada em análise de informações, a ICTS desenvolveu a Profit Shield, que analisa e ataca as perdas de estoque de forma simples e eficiente, com base em dados.
“O varejo perdeu, somente em 2022, aproximadamente R$ 32 bilhões em mercadorias que geraram custo e não viraram receita na frente de caixa, segundo a Abrappe (Associação Brasileira de Prevenção de Perdas). Nossa proposta com a criação de uma plataforma chega no momento certo para atender essa demanda, contribuindo para alavancar negócios que, muitas vezes, não sobrevivem às perdas”, finaliza Rodrigo de Castro Schiavinato, cofundador da Profit Shield, além de ser diretor executivo de parcerias e inovação e sócio da Protiviti, uma das empresas da ICTS.
Com o avanço da tecnologia e da digitalização das infraestruturas industriais, tornou-se essencial garantir a resiliência cibernética em ambientes de OT (tecnologia operacional). Prova disso é que ambientes como usinas de energia, sistemas de transporte e instalações de manufatura estão cada vez mais expostas a ameaças digitais, o que requer a implementação de medidas robustas de segurança.
Primeiro, vamos entender um pouco sobre os sistemas de OT, que são responsáveis pelo controle e monitoramento de processos industriais essenciais. Diferentemente dos sistemas de tecnologia da informação (TI), que gerenciam dados e informações, este ambiente lida diretamente com a operação física e o controle de equipamentos e processos.
A tecnologia operacional também é definida pela presença de sistemas de controle industrial, dispositivos de campo e redes de comunicação específicas. A interconexão desses componentes com a infraestrutura digital expõe as organizações a ameaças, tornando a resiliência cibernética um requisito crucial na proteção desses sistemas.
Um dos principais gatilhos de riscos, por exemplo, é a crescente interconexão entre os sistemas de OT e as redes de TI. Essa convergência proporciona eficiência e visibilidade operacional, mas cria uma superfície expandida de ataque. Nesses casos, os invasores cibernéticos podem explorar vulnerabilidades em sistemas de TI para acessar redes de OT, comprometendo a segurança e a continuidade dos serviços fundamentais.
Além disso, as vulnerabilidades específicas e ameaças digitais encontradas nesses ambientes também exigem atenção especial. Muitos desses sistemas foram projetados e implantados antes da consideração adequada à segurança cibernética, resultando em lacunas e fraquezas, dentre as quais estão as falhas de projeto, configurações inadequadas, falta de autenticação robusta, dispositivos desatualizados e ausência de monitoramento.
Um estudo publicado pela Fortinet, de nominado o “Estado da Tecnologia Operacional e Cibersegurança 2023”, revela que a maioria das companhias de tecnologia operacional foram atacadas no ano passado. De acordo com o relatório, essas empresas continuam sendo um alvo desejado pelos cibercriminosos, com 75% delas relatando pelo menos uma invasão no ano passado. O resultado está vinculado à explosão de dispositivos conectados, que aumentou a complexidade para as organizações de OT.
O cenário reforça que a resiliência cibernética passou a desempenhar um papel fundamental na mitigação desses riscos e vulnerabilidades, tendo em vista que este ato se resume na capacidade de um sistema de se adaptar, resistir, se recuperar e seguir operando de maneira segura e eficiente diante de incidentes.
Para isso, avaliar riscos e fazer um planejamento assertivo é o primeiro passo para este processo. Isso envolve identificar as ameaças digitais e vulnerabilidades existentes nos sistemas e redes, bem como avaliar as ameaças potenciais e determinar o impacto que uma violação de segurança poderia ter nas operações.
Com base nessa avaliação, é possível desenvolver um plano de segurança personalizado, que inclua políticas de acesso, segmentação de redes, monitoramento contínuo e implementação de soluções de segurança avançadas, como firewalls industriais e detecção de intrusões.
Dentre os pontos, destaca-se a segmentação de redes e o isolamento de sistemas críticos. Ao dividir a infraestrutura em zonas de segurança e restringir o acesso entre elas, é possível limitar a propagação de um ataque cibernético e minimizar os danos causados. Além disso, é importante isolar estes sistemas, a fim de garantir que não haja conexões diretas com redes não confiáveis, como a internet. E para complementar as etapas citadas, também devemos destacar o monitoramento contínuo dos sistemas e redes em tempo real. E, mesmo com todas as medidas de prevenção, é importante estar preparado para responder a incidentes cibernéticos e se recuperar de desastres por meio de um plano bem definido, sem esquecer de manter testes regulares do plano.
Ao compreender os riscos específicos e adotar medidas adequadas, as indústrias podem proteger seus sistemas e redes contra ameaças cibernéticas cada vez mais sofisticadas.
*Allan Campos é sênior manager da Protiviti Brasil, empresa especializada em soluções para gestão de riscos, compliance, ESG, auditoria interna, investigação e proteção e privacidade de dados.
O compliance tem se tornado um tema cada vez mais relevante no agronegócio, não só no Brasil, mas em todo o mundo. Neste contexto, o compliance é particularmente importante por várias razões. Em primeiro lugar, o setor agro é altamente regulamentado, tanto em termos de legislação ambiental, quanto de saúde e segurança alimentar. As empresas que não cumprem as regulamentações podem enfrentar sanções severas, incluindo multas e até mesmo a perda de licenças para operar.
Além disso, a adoção de boas práticas de compliance pode ajudar as empresas do agronegócio a minimizar riscos associados às atividades como o desmatamento ilegal, o trabalho escravo e o uso de agrotóxicos proibidos. Essas atividades não só são ilegais, mas também podem ter impactos negativos na reputação da empresa e afetar sua capacidade de competir em mercados exigentes. Outro aspecto importante do compliance no agronegócio, é a necessidade de monitorar a cadeia de suprimentos. As empresas que atuam no setor muitas vezes compram insumos de vários fornecedores, e é fundamental garantir que esses fornecedores também cumpram as regulamentações aplicáveis.
Após escândalos, tal como a operação “Carne Fraca” instituída em 2017 pela Polícia Federal e, visando uma condução mais ética e sustentável às atividades deste setor, o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) intensificou o trabalho de Compliance e lançou o Pacto pela Integridade e o Selo Agro Mais integridade. Este selo é concedido às empresas somente após demonstrarem que possuem um programa de integridade em vigor, incluindo políticas claras, procedimentos operacionais, treinamentos e monitoramento. Além disso, a empresa deve demonstrar seu compromisso com a transparência e a conformidade com as leis ambientais, trabalhistas e de segurança alimentar, bem como cumprimento de Termo de Ajustamento de Condutas (TAC) e demandas judiciais e atenção às notícias desabonadoras que envolvam as interessadas, seus sócios ou dirigentes, quando couber.
O Selo Agro Mais Integridade é um reconhecimento importante para as empresas do setor agropecuário, pois demonstra seu compromisso com a ética e a conformidade. Isso pode ajudar a aumentar a confiança dos consumidores, investidores e parceiros de negócios, bem como a melhorar a reputação da empresa no mercado. Destarte, as empresas que recebem o Selo Agro Mais Integridade ajudam a impulsionar a imagem do país no mercado internacional como um todo, aumentando a competitividade do setor agropecuário brasileiro.
Em sua 5ª edição, o Selo Agro Mais Integridade demonstra acompanhar temas importantes, tal como a descarbonização dos processos, sistemas e cadeias produtivas das empresas, exigindo, por exemplo, que as empresas interessadas em renovar a premiação, e consequentemente conquistar o “Selo Amarelo”, apresentem a forma como estão contribuindo para esta pauta, tendo como novidade a exigência para que elas comprovem que são aderentes à iniciativa ”Ação Coletiva Anticorrupção da Agroindústria” do Pacto Global da ONU no Brasil até a data de encerramento das inscrições, mesmo não sendo ainda signatária do Pacto Global, ou, no mínimo, que participem da Plataforma de Ação contra Corrupção do referido Pacto Global da ONU no Brasil
Os interessados em obter o ”Selo Agro Mais Integridade” relativo ao exercício de 2023/2024, deverão realizar sua inscrição diretamente no site oficial do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, no período de 1º de março de 2023 a 02 de junho de 2023, adequando-se aos requisitos e documentações exigidos na Portaria MAPA nº 542/2022, a qual regulamenta a premiação.
A análise será feita pela equipe da Secretaria-Executiva do Comitê Gestor do Selo Mais Integridade (SECG) que elaborará relatório técnico conclusivo, com a avaliação do cumprimento ou não dos principais requisitos pelas empresas e cooperativas inscritas. Caso sejam consideradas aptas, as empresas e cooperativas serão convocadas para a cerimônia de premiação, devendo assinar o Pacto pela Integridade, Responsabilidade Social e Sustentabilidade Ambiental e Uso Adequado da Marca e poderão utilizar a marca “Selo Mais Integridade” de acordo com o disposto no regulamento.
*Julia Silva é Consultora de Compliance na Protiviti Brasil.
Quando falamos de automação de processos, é comum que os colaboradores da empresa se sintam ameaçados. Afinal, não seria a primeira vez que pessoas perdem o emprego para máquinas. Além disso, o avanço de tecnologias de IA como o DALL-E e Chat-GPT conseguem criar conteúdo que pode ser considerado arte e nem sempre é possível diferenciar de criações humanas. Mas quais os benefícios do RPA para os colaboradores?
A adoção de RPA já é uma realidade, com previsão de crescimento a uma taxa de 32,8% entre 2021 e 2028. Por isso, é uma prioridade para organizações de diversos setores. Apesar disso, sua adoção ainda possui alguns desafios a serem superados. Alguns deles são a falta de conhecimento dos colaboradores sobre os possíveis impactos que a adoção do RPA pode ter em seu trabalho e a baixa aderência devido ao medo de serem substituídos por mão de obra digital.
Por isso é importante destacar os benefícios do RPA aos colaboradores humanos. Confira a seguir 4 deles.
Benefícios do RPA para os colaboradores
1. Auxilia sem substituir
Para automatizar um processo, ele deve possuir determinadas características. Podemos citar, por exemplo:
Baseado em regras claras;
Baixa complexidade;
Muito repetitivo;
Muito volumoso;
Entrada digital de dados;
Padronizado, estruturado e maduro.
Essa lista deixa claro que um RPA não é adequado para realizar tarefas complexas que exijam alto grau de cognição e inteligência emocional. Um robô pode buscar palavras-chave em uma lista de conexões do LinkedIn, porém não poderá escolher o melhor candidato para a vaga. Qualquer decisão que exija algum tipo de análise subjetiva precisa de um ser humano. Assim, o RPA pode ser utilizado como um assistente que auxilia o colaborador, completando tarefas tediosas e cansativas que tomam muito tempo e são pouco produtivas quando executadas por um ser humano.
Além disso, o colaborador que desempenha a tarefa antes da implementação do RPA será uma peça fundamental no desenvolvimento do robô, pois é quem vai fornecer todas as informações sobre o processo que será automatizado.
2. Contribui para o desenvolvimento profissional
Sabemos os limites da capacidade humana de manter a atenção a uma atividade monótona e repetitiva. Após algum tempo realizando tarefas desse tipo, o tédio e o cansaço se instalam e começamos a pensar em outras coisas enquanto ainda estamos executando a tarefa. A distração e o cansaço comprometem nosso poder de processamento, aumentando a chance de erros.
Mas nossa cognição está equipada para lidar com situações mais interessantes do que preencher dezenas de formulários idênticos copiando e colando dados, ou faturar dúzias de Notas Fiscais Eletrônicas numa sequência repetitiva de cliques. Ou seja, ao delegar este tipo de tarefa para um RPA, os colaboradores focam em atividades mais criativas e desafiadoras, aumentando o engajamento e incentivando seu desenvolvimento profissional. Isso funciona ainda melhor se a empresa disponibilizar treinamentos e capacitação em conjunto com um bom plano de carreira.
3. Uma RPA evita acúmulo de trabalho
Um grande volume de tarefas frequentemente resulta em trabalho acumulado e uma equipe sobrecarregada, especialmente quando alguém do time precisa se ausentar por questões de saúde ou sai de férias. Neste caso o RPA prova seu valor, seja eliminando o trabalho acumulado ou evitando que o acúmulo ocorra em primeiro lugar.
4. Aumenta a qualidade de vida no trabalho
Funcionários altamente capacitados para funções complexas ganham mais autonomia no trabalho quando podem delegar tarefas simples e repetitivas para um RPA. Por isso, o aumento de autonomia alivia o esgotamento (burnout) [6] e aumenta a satisfação do colaborador. Isso faz todo o sentido quando levamos em consideração que as pessoas passam a ter a possibilidade de redescobrir seu propósito dentro da empresa e desempenhar papéis mais alinhados aos seus objetivos profissionais. Assim, o resultado de longo prazo será uma maior qualidade de vida no trabalho, com os benefícios do RPA ficando mais aparentes.
Vale ressaltar que é comum que trabalhadores humanos inicialmente torçam o nariz para o RPA, porém passem a ter uma atitude positiva após a implantação. As organizações que pretendem adotar esta tecnologia de automação devem ter transparência na comunicação com seus colaboradores antes de iniciar o processo, por exemplo, informando-os sobre como o RPA será um aliado, e não um inimigo.
Por mais que estejamos vivendo uma era de digitalização do trabalho, os recursos mais preciosos de qualquer organização são as pessoas. Portanto é indispensável que exista sinergia entre mão de obra humana e a mão de obra digital. Os benefícios do RPA como ferramenta de auxílio para colaboradores humanos, alinhada a uma cultura de valorização dos recursos humanos, tem o potencial de gerar benefícios que se traduzirão em equipes mais felizes e engajadas.
*Cristiane dos Santos Costa é consultora de Automação Inteligente de Processos na Protiviti, empresa especializada em soluções para automação e digitalização de processos, compliance, investigação, gestão de riscos, proteção e privacidade de dados.
Fontes de consulta
[1] Costa, S. A. S., Mamede, H. S., & Silva, M. M. (2022). Robotic Process Automation (RPA) adoption: a systematic literature review. Engineering Management in Production and Services, 14(2), 1-12. doi: 10.2478/emj-2022-0012
[2] Khatib, M. , Almarri, A. , Almemari, A. and Alqassimi, A. (2023) How Does Robotics Process Automation (RPA) Affect Project Management Practices. Advances in Internet of Things, 13, 13-30. doi: 10.4236/ait.2023.132002.
[3] Moreira, S; Mamede, H. S.; Santos, A. CENTERIS – International Conference on ENTERprise Information Systems / ProjMAN – International Conference on Project MANagement / HCist – International Conference on Health and Social Care Information Systems and Technologies 2022. Procedia Computer Science 219 (2023) 244–254.
[7] H. Harmoko, A. J. Ramírez, J. G. Enr´ıquez, and B. Axmann, ”Identifying the Socio-Human Inputs and Implications in Robotic Process Automation (RPA): A Systematic Mapping Study,” in International Conference on Business Process Management, 2022: Springer, pp. 185-199.
O Committee of Sponsoring Organizations of the Treadway Commission (COSO) divulgou um guia interpretativo sobre como aplicar efetivamente o Internal Control—Integrated Framework (ICIF) de 2013, que atualmente possui o foco em relatórios financeiros, em relatórios de sustentabilidade e relatos integrados. O guia é resultado de um projeto aprovado pelo conselho do COSO há um ano, com o objetivo de ajudar as organizações a “criar e garantir um ambiente de controles interno eficaz, aplicando o ICIF aos relatórios de sustentabilidade, para a tomada de decisões internas e divulgação de informações para públicos externos”. Isso se aplica tanto aos relatórios voluntários quanto aos obrigatórios, o que é importante observar devido ao estado atual de evolução dos relatórios obrigatórios e ao alto percentual de empresas que já fornecem voluntariamente dados de sustentabilidade a seus stakeholders, respondendo aos interesses do mercado.
No comunicado de imprensa do COSO anunciando a orientação, a presidente do comitê, Lucia Wind, indicou que o guia global é “extremamente oportuno, dadas as regras finais sobre risco climático da SEC (Securities and Exchange Commission) e do ISSB (International Sustainability Standards Board) que estão por vir”. Wind observou ainda que fortalecer os controles internos é “bom para os negócios”, apoia a “jornada de aprendizado e crescimento” em que as organizações estão “para incorporar princípios de gestão sustentável em sua missão, propósito, governança e estratégias” e “construir confiança em informações de sustentabilidade para os negócios.”
Guia provavelmente se tornará padrão
Embora a publicação indique que é “não-mandatório” e “expressa apenas as interpretações, opiniões e perspectivas dos autores”, acreditamos que o guia provavelmente servirá como critério adequado e um padrão de facto para relatórios de sustentabilidade, assim como o ICIF é para o controle interno sobre relatórios financeiros (ICFR) para praticamente todas as empresas de capital aberto. Ele ajudará todas as organizações — públicas ou privadas, grandes ou pequenas —, de uma maneira que é familiar para as funções responsáveis pela elaboração dos relatórios financeiros, que são (ou provavelmente serão) responsáveis também pelos relatórios de sustentabilidade.
O guia inclui um prefácio escrito pelos dois presidentes do COSO que atuaram durante o desenvolvimento e lançamento do ICIF 2013. Eles apontam que a última edição do ICIF eliminou a palavra “financeiro” do objetivo do relatório. Isso justamente para expandir seu escopo para todas as formas de relatório – interno ou externo, financeiro ou não. Os relatórios corporativos evoluíram para muito além dos relatórios financeiros, incluindo questões ambientais, sociais e de governança (ESG), refletindo informações financeiras e não-financeiras por meio de foco em preservação de recursos, desempenho e criação de valor.
O guia também articula como o ICIF 2013 pode ser aplicado à atividade e divulgação de informações de sustentabilidade. Ele fornece exemplos específicos de princípios de controle interno relacionados à sustentabilidade e relatórios ESG, operações e conformidade. Os autores reconhecem a urgência da aplicação de controles internos sobre relatórios de sustentabilidade (ICSR) nos Estados Unidos e em outros países como um conceito comparável ao ICFR, conforme definido pela SEC.
O projeto consistiu em pesquisas com terceiros e inúmeras entrevistas com executivos e consultores. Ele atualiza o estudo de 2017 publicado pelo Institute of Management Accountants, “Leveraging the COSO Internal Control— Integrated Framework to Improve Confidence in Sustainability Performance Data”, que defendeu uma maior integração entre as equipes de sustentabilidade e financeira para melhorar a divulgação das informações sobre sustentabilidade, tanto internamente quanto externamente, aprimorando a qualidade de dados para gerenciar questões de sustentabilidade nos negócios e fornecer informações ESG úteis para decisões aos investidores. Como muitas empresas ainda não iniciaram essa jornada de integração, foi necessária uma atualização do estudo de 2017.
Crescimento nos relatórios ESG
Os autores do guia e o Conselho do COSO concordaram que o crescimento real e projetado dos relatórios ESG – e, mais importante, a confiança depositada nesses relatórios pelas principais partes interessadas – justificou a emissão de orientações específicas adicionais. Mais de 96% do S&P 500, mais de 80% das empresas do índice Russell 1000 e mais de 90% das maiores empresas em mais de 20 países atualmente emitem relatórios públicos voluntários sobre sustentabilidade e/ou fatores ESG. Na maioria dos casos, eles relatam simultaneamente através de vários padrões e frameworks. O objetivo do COSO ao emitir orientações é auxiliar as organizações a desenhar, testar e avaliar o ICSR e melhorar a sustentabilidade e a conformidade agora que as reformas regulatórias estão surgindo e são iminentes.
Com a atualização, a equipe de autores de veteranos do COSO e o conselho do COSO estão fornecendo às organizações a clareza necessária e conselhos robustos que devem agregar valor ao mercado, de maneira consistente com a missão do COSO de desenvolver diretrizes para empresas avaliarem controles internos, gerenciamento de riscos e combate às fraudes.
Fontes de valor são, principalmente, intangíveis
O guia aponta que as fontes de valor da empresa mudaram significativamente nas últimas décadas, a ponto de atualmente 90% ou mais do valor de mercado de uma empresa ser atribuído a fatores não refletidos nas demonstrações financeiras tradicionais. Uma parte significativa do valor de uma empresa hoje pode ser atribuída a fatores ESG, como qualidade da força de trabalho, diversidade, cultura e retenção de talentos, acesso e uso responsável de recursos naturais, relacionamentos na cadeia de suprimentos, governança eficaz etc.
Os 17 princípios ainda se aplicam
O guia explica como cada um dos 17 princípios do ICIF se aplica especificamente aos relatórios de sustentabilidade e ESG, fornecendo exemplos de casos reais e ilustrativos, juntamente com “insights” dos autores. Os Pontos de Foco explicativos e de apoio também estão incluídos para cada princípio e foram reformulados para mostrar sua aplicação aos relatórios de sustentabilidade.
O documento reitera o conceito de avaliação do ICIF de que uma organização alcançou um sistema eficaz de controles internos quando todos os 17 princípios estão presentes e funcionando. Ao final do guia, três casos são fornecidos para ilustrar esse conceito: uma organização de capital aberto sujeita a regulamentação na divulgação de seus relatórios, um fornecedor de capital fechado iniciando sua jornada de negócios sustentáveis, e uma organização de capital aberto continuando sua evolução em direção à asseguração razoável.
Principais tópicosdo guia COSO
Para encerrar o documento de mais de 100 páginas, os autores fornecem uma lista de 10 pontos principais do relatório. Os mais relevantes para ICSR incluem:
Concentre-se no objetivo final do ICSR, que é alcançado quando todos os 17 princípios estão presentes e funcionando. A personalização e adaptação podem variar para cada organização com base na maturidade, indústria, recursos e requisitos.
Comece a usar o COSO ICIF-2013 agora. Não há necessidade de esperar por novas regulações.
A maioria, se não todos, dos 17 princípios se aplicam à sustentabilidade de uma forma comparável à contabilidade e relatórios financeiros tradicionais. Pode ser possível aproveitar atividades de controle e documentações de demonstrações financeiras.
A avaliação de riscos e a determinação da materialidade são atividades essenciais para aprimorar o foco no que importa.
Certifique-se de abordar os controles gerais de TI, que são uma consideração crítica no desenho e avaliação de qualquer sistema de controle interno incluindo informações de sustentabilidade e relatórios ESG.
Não se esqueça dos objetivos operacionais e de conformidade, dos riscos relacionados e das atividades necessárias para obter um controle interno eficaz nessas áreas.
O ICIF-2013 foi projetado para ser usado essencialmente em qualquer área, função, local ou atividade, por exemplo, folha de pagamento, segurança e terceirização. Use-o para mais do que apenas relatórios financeiros e sustentabilidade.
Obtenha garantia interna e confiança nos relatórios de sustentabilidade antes de progredir para a verificação externa. Aproveite sua função de auditoria interna para fornecer avaliação objetiva e outros conselhos.
Torne os relatórios ESG, internos e externos, uma atividade automatizada, eficiente e contínua – não um exercício “anual e manual”.
Guia suplementar COSO: comentário Protiviti
Este guia é valioso para todas as organizações, pois todas podem se beneficiar de um ICSR eficaz. Tanto organizações que já possuem maturidade na produção de relatórios ESG , quanto as que estão começando sua jornada de sustentabilidade, considerarão o guia útil. Mais importante, à medida que o mercado caminha para realizar avaliações de terceiros, as empresas públicas e outras organizações enxergarão o guia como um instrumento na preparação para o processo de validação e na comunicação com os auditores externos.
O uso de tecnologia e a aquisição de aplicativos de software específicos para relatórios ESG ou a modificação de sistemas de TI existentes também podem ser benéficos para as organizações, pois buscam automatizar processos e controles, bem como a transição de uma atividade “anual e manual” para uma que é automatizada, contínua, segura e confiável.
No momento da emissão deste Flash Report, não há nenhuma exigência ou proposta estipulando que o processo usado para avaliar a eficácia do ICFR (por exemplo, para fins de conformidade com a Seção 404 da Lei Sarbanes-Oxley de 2002 nos EUA) seja aplicada à avaliação do ICSR. Dito isso, certos elementos desse processo podem ser aplicados aos relatórios ESG, como:
Definir o escopo para questões materiais, itens significativos;
Determinar os objetivos do relatório de sustentabilidade/ESG;
Identificar processos de suporte e métricas, bem como seus controles relacionados para garantir confiabilidade, integridade e consistência;
Avaliar e remediar o desenho dos controles;
Testar a eficácia operacional, remediar e retestar conforme necessário;
Concluindo sobre a eficácia geral do ICSR;
Relatar publicamente sobre a eficácia do ICSR, voluntariamente ou sob exigência, ou relatar em particular para partes interessadas internas ou externas que precisam de dados ESG;
Monitorar e avaliar os efeitos de mudanças no ICSR.
Além disso, conforme observado anteriormente, o ICIF 2013 pode ser usado como critério adequado para ICSR, consistente com a abordagem de avaliação do ICFR, incluindo a ênfase de que todos os 17 princípios estão presentes e funcionando de forma efetiva.
Concordamos com a orientação de que não há motivo para esperar — e há muitos motivos para começar. As organizações devem usar o guia agora para desenhar e operacionalizar atividades de controle eficazes e se preparar para avaliações por terceiros das divulgações de sustentabilidade e relatórios ESG. Os patrocinadores executivos devem garantir que haja colaboração efetiva em toda a organização entre funções relevantes em operações, conformidade, gestão de riscos, auditoria interna, jurídico, tecnologia e sustentabilidade, entre outros, com relação à execução de atividades de controle apropriadas.
A gerência executiva e o conselho devem ser informados sobre a situação das atividades relacionadas aos ICSR bem como os resultados de avaliações periódicas. Os diretores e a alta administração devem garantir que exista o tom correto de cima para baixo sobre a importância das atividades de sustentabilidade, relatórios ESG e os controles internos relacionados.
Em resumo, a presidente do COSO observou que a maioria das empresas está agora em “diversos estágios de implementação de controles e processos de governança sobre a coleta, revisão e relatório de informações de sustentabilidade, incluindo a criação de equipes multifuncionais. De muitas maneiras, relatórios de sustentabilidade dos negócios ainda estão sujeitos a evolução e inovação.” Esses comentários reforçam porque todas as organizações, independentemente do tamanho, setor, propriedade e geografia, podem se beneficiar desse guia patrocinado pelo COSO à medida que desenvolvem, amadurecem e continuam a evoluir e expandir suas operações de sustentabilidade, monitoramentos e atividades de conformidade.
Acaba de ser divulgada a edição 2023 do ranking Leaders League, que reúne as melhores empresas de consultoria, escritórios de advocacia e empresas do setor. A organização é uma editora fundada em Paris, em 1996, focada em produzir relatórios e pesquisas voltadas para executivos e C-levels ao redor do mundo.
Em 2023, a Protiviti Brasil foi reconhecida entre as Melhores Consultorias de Compliance, estreando na categoria Líder – a mais alta do ranking.
Além disso, a empresa também foi premiada como Excelente entre os Melhores Especialistas em Forensics e Complex Investigations, subindo de categoria em relação ao último ano e como Altamente Recomendada entre as Melhores Consultorias de Gestão de Riscos, citada pela primeira vez.
A Protiviti também conta com a premiação como Excelente entre os Melhores Assessores em LGPD, pelo segundo ano consecutivo.
Os rankings produzidos pela editora são reconhecidos ao redor do mundo e reconhecidos por sua metodologia de pesquisa imparcial, compreensiva e transparente. Confira as premiações no site.
Sobre a Leaders League
A Leaders League é uma empresa de serviços empresariais sediada em Paris e uma agência de classificação com presença global. Além disso, a organização organiza eventos para executivos, rankings abrangentes e análises detalhadas projetadas para unir os mercados globais. Fundada em 1996, em Paris, a Leaders League é uma agência de classificação internacional e serviços empresariais com foco nas seguintes indústrias:
• Jurídica • Private Equity e Serviços Financeiros • Capital Humano • Inovação e Marketing • Gestão de Patrimônio e Gestão de Ativos A empresa organiza mais de 20 eventos de alto nível em capitais globais como Paris, Nova York e São Paulo, além de produzir classificações internacionais e conteúdo de notícias para as indústrias jurídica, financeira, tecnológica e de RH.
A Leaders League é composta por 150 profissionais distribuídos em vários locais ao redor do mundo, incluindo a sede em Paris e escritórios em Londres, Madri, Lima, Milão, Rio de Janeiro e São Paulo.