Sendo uma tecnologia que detecta as fraudes em tempo real, sem ser notada pelo usuário, com alta precisão e antecipação e em conformidade com a LGPD, a biometria comportamental deveria ser a primeira opção para empresas que buscam romper a fraude em suas plataformas digitais.
Sendo uma tecnologia que detecta as fraudes em tempo real, sem ser notada pelo usuário, com alta precisão e antecipação e em conformidade com a LGPD, a biometria comportamental deveria ser a primeira opção para empresas que buscam romper a fraude em suas plataformas digitais.
Porém, a falta de conhecimento sobre o assunto, bem como o desconhecimento sobre as empresas que prestam tal tipo de serviço, levam as empresas a escolherem os modelos tradicionais de prevenção de fraudes baseados na coleta e análise de dados pessoais dos usuários. Este artigo visa explicar melhor o que é a biometria comportamental e qual o potencial dela para os negócios.
No campo da avaliação de comportamento, existem 3 grandes blocos de solução:
- Dados biométricos – refere-se aos parâmetros biológicos que pouco ou nada mudam durante a vida e são usados para checar identidade. Impressão digital, íris e reconhecimento facial são exemplos de dados biométricos
- Analítica comportamental – refere-se à forma que o usuário utiliza a tecnologia para executar as suas atividades. Em resumo, foca no que o usuário faz!
- Biometria comportamental – refere-se a como o usuário executa suas atividades. Em resumo, foco em quem o usuário é!
Para todas essas soluções, é essencial o uso de modelos de aprendizado de máquina dinâmicos, que conseguem se adaptar ao longo do tempo. Tome como exemplo os dados biométricos.
Muitos celulares usam modelos de reconhecimento facial para liberação de uso. Os modelos dinâmicos devem aprender quando o usuário cortou o cabelo, se maquiou, colocou óculos, fez a barba e a sua dinâmica de envelhecimento. Modelos dinâmicos são fundamentais para trazer maior precisão e rapidez na autenticação.
Na analítica comportamental os modelos coletam e avaliam as atividades dos usuários durante as interações na web ou em aplicativos. Ou seja, esta tecnologia foca em “o que” o usuário está fazendo e não em “como” o usuário faz.
Se um cliente acessar de forma consistente o aplicativo móvel de um banco todas as manhãs para verificar seu saldo, mas uma noite acessar através de um laptop e fizer algo diferente de verificar o saldo, esse padrão de atividade será observado. Se o mesmo cliente geralmente transfere uma determinada quantia da conta corrente para a poupança no mesmo dia de cada mês, mas em um determinado mês inverte as contas, esse comportamento também é observado.
Já a biometria comportamental foca em como o usuário performa as suas atividades em um dispositivo. A biometria comportamental funciona compreendendo as interações dos usuários com seus dispositivos móveis e desktops, revelando qualquer atividade que se desvie dos padrões normais de uso. Por exemplo, se o celular de um usuário é roubado e o ladrão acessa o aplicativo bancário, a biometria comportamental irá detectar que a pessoa que está interagindo tem outro comportamento que não o padrão.
Assim, poderá bloquear o acesso ou magicamente pedir a confirmação de informações não previstas cotidianamente. A biometria comportamental traça uma identidade do usuário em segundo plano, sem qualquer fricção ou atividade complementar dele.
A prevenção da fraude é levada a outro patamar com a biometria comportamental, já que esta tecnologia permite a detecção do fraudador em tempo real, sem que haja qualquer fricção no processo para o usuário e com alto nível de precisão.
Rodrigo Castro, Diretor Executivo da Protiviti