A inteligência corporativa tem o papel fundamental de ajudar a empresa a gerir com inteligência suas informações. Saiba mais lendo esse artigo.
As empresas direcionam e administram seus interesses, principalmente as estratégias comerciais e de segurança, através do acesso, controle e compartilhamento de informações. Muitas das empresas brasileiras estão há 6 meses com grande parte do quadro de colaboradores, em home office. Dessa forma, foi imprescindível o diálogo e orientação através de comunicados ou boletins sobre o panorama da COVID-19, no entanto, como ter certeza do que estão acessando e compartilhando? Esse é o papel da inteligência corporativa.
Desafio da distribuição de informações corretas
Em termos estratégicos, ficou notório que o combate à COVID-19 está sendo travada além dos meios sanitários. Isto é, o meio digital tornou-se protagonista pela divulgação informações sem credibilidade.
Com a polarização de informes conflitantes no início da quarentena, bastaria acessar uma rede social ou ligar a televisão, para nos deparar com diversos informações oficiais e não-oficiais, nacionais e internacionais.
A dificuldade, para as empresas durante essa fase de home office com aparente vulnerabilidade econômica e financeira, foi de atribuir veracidade a informações que careciam de credibilidade? Tarefa difícil!
Papel da inteligência corporativa
A gestão estratégica de uma empresa ou corporação se dá com inteligência corporativa. Ela é a produção de conhecimento decisório, a partir da cautela no acesso de qualquer informação para descartar as desinformações, atualmente chamadas de fake news.
A exemplo, tem-se notícias replicadas automaticamente nas redes sociais, sem a devida confirmação. Ou seja, tivemos acesso a informações falsas que tumultuaram o cenário de segurança e a retomada comercial das empresas.
Sendo assim, com a proliferação viral de informações, as empresas que conseguiram antecipar-se na validação, ficaram estrategicamente a frente.
Isso, pois, se não houver a coleta e o tratamento adequado, as desinformações serão disseminadas corporativamente. E, cada colaborador conectado a uma rede social ou aplicativo, transforma-se sem perceber, em um agente de desinformação.
Para coletar informações, através de fontes humanas, imagens, vídeos e demais fontes abertas oficiais e não oficiais, os mais céticos responderão que é impossível atribuir como verdadeira qualquer informação, visto que nenhuma fonte é segura. Ou seja, não existe orientação segura.
Portanto, a pandemia COVID-19 nos faz refletir sobre a importância da inteligência corporativa no tratamento da informação e produção de conhecimento, passando aos seus colaboradores um status lúcido sobre os acontecimentos e ações que serão tomadas pela empresa.
Agindo dessa forma, com sabedoria e cautela, as empresas conseguirão gerenciar impactos de desinformações aos colaboradores, controlando impulsos comportamentais desnecessários, pois em tempos de crise, a lucidez mental e corporativa é fundamental.
Para finalizar, vale o questionamento, sua empresa passou ou está passando um status adequado durante a quarentena? Se a resposta for positiva, que estratégia utilizaram?
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*Iuri Camilo de Andrade, é Consultor e Entrevistador Forense na ICTS Protiviti.