Com a rápida transformação da TI, organizações enfrentam pressões contínuas para inovar. Nesse contexto, a segurança cibernética ganha força.
Com a rápida transformação da Tecnologia da Informação, as organizações enfrentam pressões contínuas para se adaptar e inovar. Essas mudanças, por mais benéficas que possam ser para manter a operação competitiva e, consequentemente alavancar o crescimento do negócio, também introduzem novos riscos. É nesse contexto que a segurança cibernética ganha cada vez mais força.
Diante desse cenário, o gerenciamento de mudanças, quando alinhado com as práticas de segurança cibernética, pode atuar como um escudo, garantindo que as inovações não se transformem em vulnerabilidades. Nesse sentido, há três motivadores que tornam a segurança cibernética vital neste processo de gerenciamento de mudanças.
- Novas tecnologias, novos riscos: com a introdução de novas tecnologias ou atualizações de sistemas existentes, há sempre o risco de introduzir vulnerabilidades não detectadas, e estas podem ser exploradas por atores mal-intencionados.
- Mudanças organizacionais: reestruturações, fusões ou aquisições frequentemente levam a alterações em sistemas e processos. Sem uma revisão de segurança adequada, dados sensíveis podem ficar expostos ou sistemas podem ser deixados sem a proteção adequada.
- Compliance regulatório: muitos setores têm regulamentações rigorosas sobre proteção de dados e segurança da informação. Assim, mudanças mal geridas podem resultar em violações destas regulamentações, resultando em multas e danos à reputação.
Conforme os tópicos abordados, fica claro de entender que, ao invés de avaliar os riscos de segurança cibernética apenas após uma mudança ter sido implementada, as organizações devem integrá-la desde o início do processo de gerenciamento de mudanças.
Para isso, é essencial que, antes de qualquer implementação em larga escala, as mudanças propostas sejam testadas em um ambiente controlado para identificar e mitigar potenciais vulnerabilidades. Vale ressaltar também que, após a implementação de uma mudança, é vital continuar monitorando e avaliando a segurança para detectar e responder rapidamente a quaisquer ameaças emergentes.
Por outro lado, quando novos sistemas são introduzidos ou processos são alterados, os funcionários devem ser treinados não apenas sobre como usar essas novas ferramentas, mas também em relação às práticas de segurança associadas.
Como resultado da integração da segurança cibernética no processo de gerenciamento de mudanças, as organizações passam a cultivar uma cultura na qual a segurança é considerada uma prioridade e não uma reflexão posterior.
A segurança cibernética e o gerenciamento de mudanças são duas faces da mesma moeda em um ambiente empresarial moderno. Enquanto o gerenciamento de mudanças visa melhorar e otimizar os processos de negócios, a segurança cibernética garante que essas mudanças não comprometam a integridade, a disponibilidade e a confidencialidade dos ativos digitais da empresa.
Integrar esses dois domínios não é apenas uma prática recomendada, mas uma necessidade imperativa para organizações que desejam prosperar em um mundo digitalmente conectado, mantendo-se seguras contra ameaças cibernéticas.
*Bruno Oliveira é consultor master de Segurança Cibernética da Protiviti, empresa especializada em soluções para gestão de riscos, compliance, ESG, auditoria interna, investigação, proteção e privacidade de dados.