Um PMO bem estruturado apoiando o trabalho dos GPs permite projetos mais bem planejados e conduzidos. Saiba mais.
Gerenciar projetos não é trivial e as centenas de páginas do PMBoK (Project Management Body of Knowledge) são um atestado disso. Um Gerente de Projetos (PMO) é um malabarista dos bons: além de controlar os “malabares” de Escopo, Custo, Tempo e Qualidade, também tem que controlar a rotação dos pratos onde estão as expectativas dos stakeholders, o gerenciamento dos anseios e conflitos da equipe do projeto, a comunicação adequada, o controle dos riscos do projeto, influências externas e internas, etc.
Um antigo colega de trabalho me disse diversas vezes: “A responsabilidade é sempre do GP”. Será que o GP é o único responsável pelo projeto? A verdade é que um GP não é (e não pode ser) um “lobo solitário”. É fundamental que esse profissional tenha uma retaguarda para auxiliá-lo nos diversos aspectos da condução de um projeto. Seja fornecendo modelos ou templates, apoiando nas análises de riscos dos projetos, disponibilizando estudos de caso ou lições aprendidas em projetos semelhantes, cobrando ou lembrando o GP da necessidade de executar determinadas atividades na condução do projeto. Essa retaguarda é o PMO – Project Management Office.
O PMO não deve ser visto como um xerife fiscalizando a condução adequada dos projetos e nem como um mero distribuidor de modelos. Muito mais do que isso, o PMO é o parceiro, o ponto de apoio dos GPs na condução dos projetos. O PMO é o “conselho Jedi” dos GPs, o local onde os GPs encontram orientação e apoio, onde dúvidas sobre questões da gestão dos projetos podem ser debatidas e soluções podem ser elaboradas.
Um PMO bem estruturado apoiando o trabalho dos GPs permite projetos mais bem planejados e conduzidos. Qualquer organização que execute projetos, sejam eles internos ou como serviços para outras organizações, deve considerar a criação de um PMO. Com o apoio do PMO os gerentes de projetos não estão sozinhos e, dessa forma, as chances de sucesso dos projetos melhoram substancialmente.
*Armando Ribeiro é consultor de cibersegurança da Protiviti, empresa especializada em soluções para gestão de riscos, compliance, ESG, auditoria interna, investigação, proteção e privacidade de dados.